Ana Vieira – E o que não é visto
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Jorge Silva Melo
É insólito o lugar de Ana Vieira (n. 1930) na arte portuguesa: trabalhando o rasto, a sombra, a passagem da luz (ou dos corpos?), o reflexo, a sobreposição, a pegada, a memória ou a planificação do futuro, a sua arte raia o invisível. E questiona o lugar da arte – e o do espectador, colocado sempre “de fora” ou com a consciência do “off”. Pois não é Ana Vieira que diz “ o que me interessa mais neste momento é o que não é dito e o que não é visto”?
Jorge Silva Melo